O revelar de Deus não acontece de forma única, mas de vários modos, nas diversas circunstâncias vividas pelo povo ou pessoa, na busca de se libertar.
Estamos vivenciamos o Tempo Quaresmal. Período de muita piedade. Tempo onde a manifestação de Deus é mais perceptível; onde tudo converge para que o Deus sofrido, encarnado em Jesus, traduza o seu sofrimento, e o do povo, em vitória salvífica, pós-morte, com a ressurreição.
Nos cantos, próprios da Liturgia Quaresmal, o sofrimento aparece não somente nos recordando o de Cristo, mas o do povo também.

O Lava-pés e o beijo na cruz se resumen na vontade de acolher bem Aquele que sofreu em vista da nossa salvação.
Neste mundo cheio de máculas e individualismo, Ele é o único que se compadece diante do sofrimento do povo, escuta seus lamentos e o acolhe sempre.
Será Deus escolhedor de época para comunicar sua graça salvífica ao nos revelar? Não. Mas, sendo a quaresma tempo forte à conversão, ao acolhimento, nós, imbuídos por um desejo de mudança, abrimos mais o coração à sua redenção. Reconhecemos nossa condição de pecador, nossa fragilidade que nos faz mais sensíveis à revelacão de Deus, mesmo nos aparecendo sofrido e morto numa cruz. Marginalizado e excluído.
Deus não precisava fazer tais experiências, no entanto, as fez pela encarnação. Assumiu toda condição humana, menos o pecado. Fez isto para que o homem pudessem ter acesso à sua divina revelação.
O homem, em suas carências existencial, social e religiosa, precisa e necessita de sentir Deus se revelando a ele, pois a todo instante, está a procura de uma manifestação que lhe satisfaça suas necessidades.
Pe Luiz Paulo Fagundes, SDN
Pe Luiz Paulo Fagundes, SDN
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