Esta foi a opção do missionário belga quando, livremente deixou a sua pátria, o seu povo, a sua cultura, as possibilidades de triunfos literários e tantas outras chances de conquistas e de famas...
“Eu quero a Amazônia!” foi sem dúvida o grito partido do seu coração cheio de ardor missionário quando, aos pés da estátua da Virgem Maria, decidiu-se ante o grande desafio de partir para a Amazônia, o “cemitério verde” como era conhecido em sua congregação ou continuar em sua terra, a Europa e conquistar famas e títulos. Em seu livro, “O Diário de um Missionário”, temos o seu testemunho:
“A nomeação para o Brasil rompeu a minha carreira de pregador de missões e de escritor... Fiz a Deus o sacrifício de minha vida e lancei-me com confiança nos braços da sempre querida Mãe...”
“Eu... eu quero a Amazônia!!!”
Foi o sim decidido e corajoso do jovem missionário que, revestido do espírito da encarnação de Cristo, desceu do protagonismo para a solidariedade. Fez-se solidário com o ser humano e, despojando-se de tudo, foi lá onde à necessidade doía mais. E se fez irmão, curvando-se tantas vezes ante a miséria, a dor, o sofrimento, a doença, a má qualidade de vida do ser humano.

Seus passos missionários possibilitaram-lhe que ele se encarnasse e se deixasse tocar pelo sofrimento humano, vivendo como viviam os humanos da Amazônia.
Atrás de inúmeras crianças de Macapá ou de qualquer outro chão missionário, estava o pequeno José, seu irmão Cleto, o menino João, estava a presença do velho Pedro, do Manoel ou da tia Teresa e de muitas outras pessoas de seu cotidiano, estava uma pessoa humana, estava bem presente a pessoa de Jesus Cristo!!! É preciso resgatar a dignidade humana de quem a perdeu; era o seu compromisso evangélico, era a sua opção missionária era a sua atitude profética. E para isto arrisca descer...
“Eu... eu quero a Amazônia!!!” “Eu.. eu quero a Amazônia!!!”
É o canto brotado de sua encarnação. É o júbilo do fazer-se pequenino com os pequeninos, do tornar-se brasileiro com os brasileiros... de fazer-se pobre com os pobres.
Qual Lucas anunciando a grande alegria, Júlio Maria deixa ecoar de seu coração jubiloso o canto da alegria da encarnação.

“Eu.. eu quero a Amazônia!”
Este querer está ligado a uma consciência de aceitação dos desafios, capazes de superação na vivencia do Amor-Sacrifício.
“Há um ministério árduo na Amazônia, mas do que árduo, um ministério cheio de sacrifícios e imolações. Não tenho receio de repetir o que sempre disse:
Para vir para cá, é preciso ter coragem, saúde, zelo e
um grande espírito de sacrifício!
Sem isto aqui não fica, porque aqui nada para si, mas
tudo para Deus e as almas!”
“Eu.. eu quero a Amazônia!”
Irmã Maria Crismanda Saraiva de Oliveira – fcim
Irmã Maria Crismanda Saraiva de Oliveira – fcim
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